19 dez Natal e consumo desenfreado: uma combinação inevitável?
Maneiras de driblar o consumo compulsório e praticá-lo de forma consciente existem! Entenda o impacto da sua escolha dos presentes de Natal.
O Natal está chegando. E com ele, vem também uma certa pressão social e publicitária pelo consumo desenfreado. Quem não se sente tentado, e até mesmo pressionado, a comprar mais do que de fato precisa no final do ano? Nem que seja pelo “pertencimento infantil”, ou seja, para que a criança se sinta inserida no contexto sócio-cultural.
Quando isso envolve pedidos que vêm dos filhos então… Aí, é que fica mais complicado podar o consumo, não é mesmo? Segundo o Ibope, no Brasil, as crianças são expostas, em média, cinco horas por dia à publicidade em geral das quais, 64% (conforme dados do instituto Alana) são voltadas ao público infantil.
Mas qual é a repercussão disso? Consumo desnecessário, aumento da quantidade de resíduos (especialmente, de plástico), inversão de valores sociais fundamentais, frustração, estresse familiar e, claro, acúmulo de coisas das quais não precisamos.
Paralelo a isso, estudos apontam que os brinquedos têm sim “prazo de validade” na mão das crianças. A British Heart Foundation, do Reino Unido, evidenciou que 28% dos pais britânicos descartam brinquedos praticamente novos com frequência. Foi avaliado também que uma criança geralmente perde o interesse por um brinquedo em apenas 36 dias. E um quinto dos pais chegou a afirmar que esse interesse chega a durar apenas onze horas! Os números também mostram que as crianças têm uma média de quatro brinquedos com os quais nunca brincaram.
Difícil, né? No entanto, existem maneiras de driblar o consumo compulsório e praticá-lo de forma consciente, sem agredir ao planeta e incentivando o desenvolvimento infantil.
Os livros são ótimos investimos de curto e longo prazos, ocupam menos espaço do que muitos brinquedos, são feitos de materiais recicláveis, podem sempre ser revisitados, lidos e relidos por anos, potencializando vários aspectos do desenvolvimento infantil, e tudo isso enquanto se diverte muito! Estudos demonstram que o ato de escutar histórias, acompanhados de ilustrações, estimula diversas e complexas redes neuronais no cérebro infantil, promovendo seu desenvolvimento cognitivo.
Ler para uma criança é uma atividade fundamental para a potencialização do seu desenvolvimento. Tanto é que vários órgãos comprometidos com a infância incentivam e orientam que as famílias e cuidadores leiam regularmente para as crianças.
Neste ano, antes de encher o saco (literalmente) do Papai Noel, o que acha de refletir sobre como o livro poderia ser uma boa alternativa de presente? Vem com a Sabiá!